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Depressão e ansiedade: relação com o infarto

Postado em 11/10/2019



Pessoas que enfartaram e se sentem tristes ou deprimidas por longos períodos têm maior risco de morrer depois de alguns anos após o ocorrido. Na contramão, quando o baixo astral ocorre por pouco tempo, o efeito na recuperação pode ser até positivo.

 

A descoberta vem de um estudo recente, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, que avaliou mais de 57 mil indivíduos que tiveram uma pane cardíaca. O estresse emocional foi medido em 2 e 12 meses após o ataque. Além disso, houve um acompanhamento da saúde em geral por uma média de quatros anos.

 

Mais de 20% deles caíram na categoria “estresse emocional persistente”, pois se sentiam mal nas duas análises. Comparados aos pacientes que não exibiam problemas de humor, os depressivos apresentaram um risco de mortalidade 46% maior e, nos ansiosos, o perigo de morte aumentou 54%.

 

De acordo com a pesquisa, o estado de espírito está mais associado a fatores sociais do que clínicos: jovens, mulheres, estrangeiros e desempregados são mais acometidos pela tristeza intensa pós-infarto.

 

O lado positivo da tristeza:

Investigações anteriores já haviam mostrado que as emoções influenciam no prognóstico do ataque cardíaco. Mas o novo estudo foi o primeiro a levar em conta a duração do estresse. Cerca de 15% dos participantes se sentiram deprimidos ou ansiosos nos dois primeiros meses pós-infarto, mas se recuperaram com o tempo.

 

Estar um pouco deprimido após um infarto pode até ser bom, pois o humor regula nosso comportamento e faz com que você saia um pouco de circulação e descanse. A chateação e o desânimo constantes, por outro lado, dificultam a adoção de mudanças de estilo de vida que melhoram a reabilitação da pane cardíaca, como parar de fumar, ser fisicamente ativo, comer bem e tomar corretamente os medicamentos (quando necessários).

 

Como se recuperar do infarto:

Não é fácil superar um evento tão marcante quanto um ataque cardíaco, claro. Mas há estratégias que ajudam a lidar melhor com o baque. A principal dica é buscar fazer as mesmas coisas de antes – ao menos as positivas.

 

Para quem nunca foi de ficar cabisbaixo antes, é preciso um pouco de paciência e aceitação. É normal se sentir derrubado: trata-se de uma reação em parte biológica a um evento que colocou a vida em risco.

 

O ideal é procurar auxílio de um médico especialista quando sentimentos como tristeza e angústia passam a ocupar a maior parte dos dias, impedindo a manutenção da rotina. Parte das clínicas cardiológicas já oferece suporte psicológico. Basta pedir ajuda, por mais desafiador que isso possa parecer.

 

O ASSIM SAÚDE deseja que você invista sempre na melhoria da saúde tanto física quanto mental.